João Carlos

Espaço Bangüê 26.12.2018

 

Dia 26 de dezembro me encontrei com João próximo ao Espaço Bangüê. Eu voltava da Tenda de do Autofalante de Benedito, fui me desculpar por não ter chegado às oito horas para reiniciar nossa conversa iniciada na quarta feira anterior sobre Paranaguá. Uma conversa com Bené só era viável antes das nove, antes dele abrir sua Rádio.

Entre os muitos motivos para eu arrastar João para dentro do Bangüê, é que ele era de Paranaguá, (como eu pensava até pouco antes da conversa). Não tive dúvida, puxei meu amigo para dentro do Espaço, perguntando assim: E a freguesia; – dei uma parada, respondeu ele.

Ai João começou a falar sobre Paranaguá:

Cheguei em Paranaguá a usina estava no final da desmontagem; eu ia fazer 10 anos, chegamos em março dia oito, meu aniversário era em 19 de novembro, nasci em setenta e sete; morei na antiga rua da Linha, nessa rua morava Ariston Ferreira da Silva, ele dizia que trabalhava na linha, que ele ia até Bom Gosto. Essa linha ia até a porteira de Bom Gosto. Isso que estou lhe dizendo é relato do que ouvia de Seu Ariston Ferreira da Silva. Ainda hoje os traços da antiga linha, estão visíveis no terreno. Nela ainda estão dois pontilhões um ia para Balança. É bom conversar com Zé Moreira.

– E você veio de onde? – Eu nasci em Mundo Novo, meu pai tomava conta da fazenda de Orlando Moscoso. – Continue. – Orlando Moscoso comprou Paranaguá, ai meu pai veio tomar conta; a usina fechou em 1985, passando a fornecer cana para a usina Itapetingui; os caminhões vinham com a sigla UP2 que era Usina Paranaguá 2 que se instalou em Santo Amaro [ou Cachoeira?] para produzir álcool [esta usina foi desmontada e remontada no Oeste da Bahia, fronteira com Minas Gerais]; Vi o último caminhão sair levando uma locomotiva, ela estava assentada sobre dormentes e um guindaste muito grande a levantou com dormente e tudo e a colocou no caminhão.   26.12.2018

02.01.2019 “Rua da Linha eram cinco casas, uma solteira outra desgarrada; adiante tinha um barracão onde ficavam os Catingueiros” Informações Passadas, disse João, por José Pedreiro. José Pedreiro Chegou a Paranaguá com 14 anos, hoje ele é membro da Igreja; ele chegou como Chamador de Boi fez 82 anos em dezembro; trabalhou 46 anos, começou com Seu Duran e terminou com Jarbas [gerentes].

Orlando Moscoso comprou a parte da Pecuária, que era do Chalé para trás, sem mexer com as 55 casas da Usina – entre as cinquenta e cinco casas não se incluía as casa da Rua da Linha.

Conversei com José Moreira, que me disse: “A Linha ia até o Limoeiro; posto de gasolina na estrada de rodagem Rio Bahia. Esta Linha iria até Maracangalha, mas o Governa determinou que parasse, pois não era para fazer mais estrada de ferro. [Olhando o mapa da Estrada de Ferro de Santo Amaro visualiza-se uma linha, ponte, trilhada, isso indica o traçado de um projeto]; JM – A linha ia até a porteira de Pimentel [não a de Bom Gosto]. Para se tirar cana nos canaviais de B. Gosto usava-se os burros pois tinha que atravessar o rio Pojuca, as canas eram levadas para um ponto de cana e dai para os vagões.

João traçou o mapa da linha de Paranaguá: Rua da Linha /Pimentel/; Roçado.

 

João

De uma criança, recém-nascida, foi a primeira sepultura do Cemitério de São Roque. Esta informação histórica foi passada pelo professor João Carlos, Franciscano 3º, um pesquisador de dados e fatos que compõem a história de Terra Nova.
“Em 1997 conversando com Dona São Pedro Rezadeira que morava em
Caraconha, nesta, falou-me que no ano de 35, faleceu um filho seu ainda anjinho. Estava em construção o cemitério de Terra Nova, nessa época bastante inverno e o corpo não fora a Rio Fundo para ser sepultado devido às fortes chuvas, sendo sepultado em Terra Nova no novo cemitério” (19.10.2007).

– ‘Como é que vamos nessa chuva para Rio Fundo, vamos fazer o enterro aqui mesmo em Terra Nova. O cemitério já esta quase pronto’ Foi essa a conclusão que chegou Dona São Pedro.”

 

Agenda ano 2019, dia 23 de janeiro.

João Carlos Gomes dos Santos, 19.11 87, Dona Maria Gomes e João Dias Santiago.

Em conversa com Piedade [Piedade Pacheco] em 2006 ela disse que Genita herdara o titulo da avó dela – Baronesa.

Agenda ano 2019, dia 07 de agosto.

João informa Rua no Caípe no nome dele – Ranulfo Bonfim. [sobre informações do professor Ranulfo. [A professora Angélica Luna passa informação sobre ele agenda 2019, dia o7 de agosto,

 

Agenda ano 2019, dia 18 de dezembro.

 

Fomos a TN com uma programação de encontrar João e conversar com ele sobre o transporte de açúcar dos engenhos para o Porto de Santo Amaro.

– Conversamos com ele fazer uma tabela tirada de – Povoamento do Recôncavo Pelos Engenhos, com que quantidade e carro de boi; produção, escravos.

Emprestamos a João o Livro Memória das Indústrias – FEBA,

 

João via Zap Dona Genita

[21h27min, 22/11/2020] Joao Carlos: Boa noite amigo, aqui vai meu relato sobre a pessoa de Dona Genita. Colocando suas próprias palavras, quando a conheci na casa de sua afilhada Carmelita irmã de Paradora em 1992. Vamos lá.

[22h28min, 22/11/2020] Joao Carlos: Chego em uma tarde de sábado, na casa de Carmelita ou Camu,ou Maria do Carmo Braz na Rua Alice Nogueira ou Rua da Fonte do Pastinho. No Caípe dei minhas saudações aos donos da casa. Vejo aquela senhora branca e delicada. A dona da casa e seu esposo dizem que esta era uma Pacheco diferente não tinha besteira no tratar as pessoas. Era Dona Genita, madrinha da dona da casa, ela começou a falar que seu nome era Regina das Dores Pacheco Pereira, filha de Maria Tertuliana de Jesus Xavier e José Barbalho Fiuza Pacheco Pereira, o doutor José Pacheco, nasci em Terra Nova à fazenda no dia 05/08/1901, católica, Professora, casei-me, mas não vivi muito com o marido… Deixa pra lá. Dizia meu pai que quando nasci herdei de minha avó paterna Eugenia Fiuza Moniz Barreto Pacheco Pereira, após seu falecimento, veio à República e esse título nada valeu, continuou minha vida, batizei muitos filhos do pessoal que morava na fazenda, inclusive Carmelita eu dei o nome dela na pia batismal Maria do Carmo, o pai dela era carreiro do meu pai doutor José, o nome dele era Ernesto. Vivi muito tempo entre Santo Amaro e Salvador, mas sempre estava em Terra Nova, na festa de São Roque, no meu tempo de moça no Cruzeiro da Fazenda do lado de doutor Américo, irmão de meu pai. Fazia-se a missa de São Roque, batizados e santas missões a procissão ia até a ponte e voltava no dia 16 o outro lado fazia a festa deles também no Cruzeiro de lá. Hoje vim visitar minha afilhada aqui no Caípe que por sinal era parte das nossas terras, meu desejo era morar aqui no Caípe. Numa casa simples. Outra coisa que vou falar meu pai casou com Dona Regina que era da Freguesia do Bom jardim, casou em 1927 manteve o respeito da família. Minha irmã de mãe é Guiomar de Jesus Acácio, esposa de Tomazinho alfaiate, hoje vivo com eles em Salvador… Volto a falar que a mãe de Carmelita, minha comadre casou a segunda vez com Ernesto Carreiro e Dona Adalgisa esposa do meu tio fez os preparativos do casamento. Lina minha comadre já tinha Paradora e Ângela inclusive a filha desta foi batizada no cruzeiro no dia 15 de Agosto e o Padre Liberato no batizado disse que a menina iria chamar-se Libéria nome da mãe de São Roque. Sou católica todas primeiras sextas feiras do mês íamos a Rio Fundo pra missa do Sagrado coração de Jesus. Muita gente como minha comadre Lina, Luiza Gonzaga, Zé Plácido, Joana mãe de Chico Portela, Francisca mãe de Antônio Portela (avó de Nieta Portela). Uma festa e outros dias santos… Pronto é só isso que tenho a falar sobre Terra Nova dos Pacheco que faço parte. Carmelita já está indo pra não escurecer e eu aqui pra pessoal não ficarem preocupados… Assim se despediu da casa da afilhada e de minha pessoa naquele entardecer. Dona Genita, sofreu uma queda passando um tempo em cama falecendo em 05/11/1996 em Salvador sendo sepultada no cemitério da Ordem Terceira de São Francisco.

[22h30min, 22/11/2020] Joao Carlos: O relato acima é verídico onde escutei toda fala da referida sem a interromper.

[22h33min, 22/11/2020] Joao Carlos: A referida afilhada de Dona Genita, Carmelita.

[05h33min, 23/11/2020] Viraldo: Bom Dia João maravilhoso. Vou passar para o computador.  Entrego para vc. O crédito é seu. Maravilhoso. Obrigado. Estarei si na quarta lhe espero lá.

 

[21h54min, 03/03/2021] Joao: Novidades Bião! Conversa com José dos Santos (Zito de Tinha). Bom dia. Minha conversa é sobre o Bião,pode-me falar sobre este lugar? Sim! O Bião era um “pedaço ou sorte” de terras que iniciava na porteira de Terra Nova Velha, beirava os Pachecos onde moravam minha avó Catarina, minha mãe e o tio Ernesto. Não era uma povoação muito grande, pois a maioria eram trabalhadores ou da fazenda ou agregados, ficava do lado da linha, e iam próximas as terras de doutor João. Onde tem uns bambus. Mas o pessoal que naquelas bandas moravam era gente disposta, me lembro de Zé Bispo, Tomaz, Pedro Elias, o pessoal tinha roça, se pegava lenha, pois era uma espécie de matinha pra cima, a fonte sempre cheia. Hoje tudo é mato na parte de cá, e outra parte pasto de gado. (Conversa hoje a t…).

[21h58min, 03/03/2021] Joao: * Totonha, é o correto e não tinha. O nome dela era Antônia dos Santos, era uma das Rezadeira de Santo Antônio. *13/06/1906+03/10/2003.

 

Agenda 2020, 11 de Dezembro.

(10/12/20) – João Santiago

Elisa Portela irmã de Zé Ligeiro.

Irmã de Paradora Carmelita Professora.

 

João – pelo Zap dia28 de setembro.

– “Bom dia João. Tô ouvindo entrevista de Nieta. Num momento eu perguntei que, era Maricota. Era a cantora que ensinava elas a cantar. Vc insistiu na pergunta. Vc sabe alguma coisa de Maricota”

Dia 29. –  Bom dia. Lembro-me que Nieta Portela havia me falado que essa Maricota morava no Dornel; ensinava bordava e cantava no coro da igreja, quando ainda era um cruzeiro ainda não e havia Igreja.

É o que eu fiquei sabendo.

[depois]

Lembrei algo, sobre dona Maricota, era da família Câmara. Informou Nieta Portela.

– OK. Obrigado

Dia 19 de outubro de 2007 –João Franciscano 3°.

O cemitério de Terra Nova chamado São Roque é de 1935

Em 1997 conversando com Dona São Pedro Rezadeira que morava em Caraconha  nesta, falou-me que no ano de 35 faleceu um filho seu ainda anjinho. Estava em construção o cemitério de Terra Nova nessa época bastante inverno e o corpo não fora a Rio Fundo para ser sepultado devido as fortes chuvas sendo sepultado em Terra Nova no novo cemitério. A mãe [do menino] era dona Brasilina Parteira.

Dia 05 de Julho de 2017 – Fui entregar para João o livro Historia da África que comprei para presenteá-lo

Fiz isso pessoalmente na escola Julieta aquela junto do Campo do Vasco foi ai que João veio com a proposta: Viraldo para o ano faz 300 anos da Freguesia do Rio Fundo vamos fazer uma historia eu você e o padre.

Gostei muito da ideia em casa esbocei um inicio relendo o “caderno” que fizemos em 2002 sobre as Freguesias.

Na madrugada dia (06/05) comecei a pensar muitas coisas, tipo usar um cenário na sala do fundo do Banguê, lado direito (como pintar o telhado de azul) colocar nas paredes foto da Matriz; nessa sala seria o ponto de encontro com João e… Para conversar sobre o assunto.

 

 

 

Viraldo Ribeiro

Viraldo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *