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BURRO DE CANA; USINA ITAPETINGUÍ; REFÚGIO DA FAMÍLIA REAL

Escrito por Viraldo B. Ribeiro
Sáb, 16 de Maio de 2009 11:00
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Número 37 – Edição 01 – Terra Nova maio 2004
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BURRO DE CANA

cboiAinda existe burro de cana
Conduzindo cana dos palheiros
Nos canaviais.

Dos mesmos qual vistes.
Com cangalha e gancho
Condutor, dono ou não, mangual à mão,
Tangendo mais um ou dois.

Ainda restam alguns,
Insistindo como as duas usinas,
Retarda o depois.

O companheiro da viajem,
Na visita do São Roque,
Aquele Milagre, depois do Engenho Novo,
Nas terras de Amélia Rodrigues,

Perguntou: moço
Tem também carro de boi?

Será que ele não sabia,
Que não tem mais carro de boi,
Pensei, ou perguntou por perguntar!

Tem não moço
Veio de resposta.

Os burros panham cana nos palheiros
E juntam pros caminhões pegarem,
Continuou.

Essa hora tão vindo
Com olho de cana
Olho de cana pra ração
Voltem amanhã

Amanhã cedo ta todo mundo.
Todo mundo no palheiro
Com sua tropa de burros
Lá naquele canaviá.

Completou de cima de sua montada,
De cangalha e gancho vazio,
Tangendo o outro burro,
Com cangalha, gancho, ração.

viraldo
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USINA ITAPETINGUÍ

fabricaContrato com o Governo do Estado

Bangüê esteve no Arquivo Público de Salvador e da Caixa 2327, Maço 05, Doc 36. extraiu:

Contrato celebrado entre o governo do Estado da Bahia representado pelo Exmº Sr. Dr. Rodrigo Antonio Falcão, Secretário do Tesouro e Fazenda, e o Dr. João Alves Carvalho, para a construção de uma usina para fabricação de açúcar tudo na forma abaixo:
Cláusula 1ª O segundo contratante, Dr. João Alves Carvalho obriga-o por si ou sociedade que organizam a construir uma usina aperfeiçoada para fabricação de açúcar com capacidade para moer nunca menos de duzentas e cinqüenta (250) toneladas de canas, em vinte e quatro (24) horas, a margem do rio Itapetingui, afluente do rio Traripe, em terreno do engenho Itapetingui adquiridos para este fim pelo contratante.

Cláusula 2ª O segundo contratante obriga-se a começar a construção da usina dentro de seis (6) meses da data da assinatura do presente contrato e a terminá-la dentro de dezoito (18) a vinte e quatro (24) meses a contar da mesma data.

Cláusula 3ª Na falta de execução da cláusula segunda, salvo de força maior, a juízo do Governo, incorrerá o segundo contratante na multa de cinco contos (5:000$000).

Cláusula 4ª O segundo contratante obriga-se a depositar anualmente e adiantadamente, no Tesouro do Estado, logo que tenha começo a construção da usina dois contos de réis (2:000$000) para honorários do fiscal do primeiro contratante, contribuição que deverá subsistir até que se extinga o débito do segundo contratante para com o primeiro contratante.

Cláusula 5ª O primeiro contratante obriga-se a entregar ao segundo contratante a quantia de mil e duzentos contos (1:200$000) em apólices da dívida pública do primeiro contratante, do valor nominal de um conto de réis (1:000$000) a juros anual de 5% resgatáveis no período de 1903 sendo estes entregues em três prestações: a primeira quando o segundo contratante provar ter feito a encomenda ou a aquisição de aparelhos; a segunda quantia, provar que as máquinas estão no porto para serem desembarcadas, ou no caso de adquiridas neste Estado, que estejam em condições de preencherem o fim a que são destinadas; a terceira, quando a usina e seus acessórios, estiverem definitivamente prontos a juízo da primeira contratante. Se porém, na época de receber o segundo contratado, as prestações, estiver o câmbio a doze dinheiros, serão estas diminuídas na razão de dez por cento (10%) se a quinze dinheiros, na de vinte por cento (20%).

Cláusula 6ª O segundo contratante obriga-se a pagar ao primeiro contratante a importância recebida na fórmula da cláusula anterior, por meio de amortizações anuais, em partes iguais, durante o espaço de vinte e cinco (25) anos. Estas amortizações, porém, só começarão a ter lugar dois anos depois da instalação da referida usina.

Cláusula 7ª O segundo contratante obriga-se a pagar ao primeiro contratante semestralmente os juros das apólices, que lhe foram entregues para a construção da usina, devendo estes juros, bem como as cotas da amortização serem entregues ao Tesouro do Estado, de quinze a trinta de julho de cada ano.

Cláusula 8ª Os juros começarão a serem contados de primeiro de janeiro de mil oitocentos e noventa e nove, mas só principiarão a ser pagos no fim da primeira safra, apurada pela usina, devendo os juros correspondentes aos primeiros anos serem pagos em partes iguais, nos vinte e três (23) anos subseqüentes.

Cláusula 9ª O segundo contratante poderá fazer o pagamento dos juros e amortizações, em moeda legal ou em apólices emitidas para a construção das usinas, as quais serão nestes casos como de amortizações antecipadas, recebidas ao ? pelo primeiro contratante.

Bahia, primeiro de março de 1899.
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REFÚGIO DA FAMÍLIA REAL

ppetropolesFazer do Brasil o centro de governo de Portugal foi, desde o tempo colonial, uma alternativa pensada pelos portugueses, para utilizá-la caso a preservação da soberania da nação se sentisse ameaçada. É possível encontra documentações registrando, concretamente, esses momentos.

Portanto, quando das tropas de Napoleão invadiam Portugal a Família Real já tinha seus planos de como e para onde ir.
Naquela madrugada, dia 25 de novembro de 1807, quando d. João encerrou a sessão do Conselho de Estado com a decisão tomada, havia ainda muito o que fazer. A Família Real deveria embarcar para o Brasil dali a dois dias, antes que as tropas de Napoleão, que já tinham cruzado as fronteiras lusitanas, alcançassem Lisboa.”( A Longa Viagem da Biblioteca dos Reis pág 208).

“Fazer as malas, zarpar rumo ao Brasil – sem esquecer o cetro e a coroa – e lá estabelecer um grandioso império não era uma idéia nova. O Translado da Família Real para essa Colônia pairava como possibilidade acalentada havia tempos e sempre ventilada nos momentos em que realeza portuguesa se sentia ameaçada em sua soberania”. Em 1580, quando a Espanha invadiu Portugal, o pretendente ao trono português, o prior do Crato, foi aconselhado a embarcar para o Brasil. Também o padre Vieira apontou o Brasil como refugio natural e ideal para d. João IV […] Em 1738, no reinado de d.João V, o conselho veio de d. Luiz da Cunha, que via na mudança possibilidades de melhor equilíbrio entre a metrópole e a colônia, então abarrotada de ouro. Em 1762, temendo uma invasão franco-espanhola, Pombal fez com que o rei d. José tomasse as medidas necessárias para a sua passagem para o Brasil.”(Idem, pág 194).

A bordo do navio que, inicialmente aportou na Bahia, era janeiro de 1808, dia 22, o príncipe regente chegava em Salvador – uma tempestade dispersara a esquadra. O Família Real ficou em na Bahia até 22 de fevereiro, seguindo para seu destino final (Rio de Janeiro). Chegavam os futuros reis do Brasil, sendo um com nove anos, que viria a se tornar o pai daquele que nasceria a dois de dezembro de 1825 no Brasil (Pedro II).

“O general Anoche Junot invadiu Portugal e exigiu do Exército um ritmo de avanço que custou a vida de milhares de soldados. O objetivo era chegar a Lisboa a tempo de aprisionar o príncipe regente dom João e a rainha interditada, dona Maria I. Não conseguiu. A 14 de novembro uma frota inglesa fechou a foz do Tejo e o embarque do governo português para o Brasil ganhou urgência […] Protegido por quatro navios de guerra inglesa, uma esquadra portuguesa, com sete naus, três fragatas, três brigues, uma escuna e uma charrua, venceu a barra do Tejo e ganhou o Atlântico”.(História da Bahia , Luis Henrique Tavares,pág.209).

“A Família Real – d. Maria, o príncipe regente e sua mulher, seus oitos filhos, a irmã da rainha, a viúva do irmão mais velho de d.João e um sobrinho espanhol de Carlota Joaquina, criado na corte portuguesa – foi distribuída pelos navios de maior calibre. No Príncipe Real estavam a rainha dona Maria ‘a louca’, com 73 anos; o príncipe regente d. João, com seus quarenta anos; o príncipe da Beira, infante d. Pedro, com nove anos; seu irmão, o infante d. Miguel, com cinco; e o sobrinho de d. Pedro Carlos. No Afonso Albuquerque iam princesa, mulher do regente, dona Carlota Joaquina, com 32 anos, e suas filhas, a princesa da Beira Maria Teresa de catorze anos, e as infantas Maria Izabel, Maria d’Assunção e Ana de Jesus Maria – com dez, dois e um ano, respectivamente. No Rainha de Portugal viajavam a viúva do irmão mais velho do regente, dona Maria Benedita, com 61 anos; a irmã da rainha, Maria Ana, 71; e as outras filhas de D. João e Carlota Joaquina, as infantas Maria Francisca de Assis e Isabel Maria – sete e seis anos.”( A Longa Viagem da Biblioteca dos Reis, pág 216).

A presença da Família Real no Brasil vigeu do ano de 1808 até 1889, fim do reinado e inicio da república.

O primeiro governante foi o príncipe regente d. João, que passou a chamar-se d. João VI (quando se tornou rei). Sua regência terminou em abril de 1821 com seu retorno a Portugal, para ocupar o trono.

“A 25 de abril de 1821 deixou el-rei d. João o Rio de Janeiro a caminho de Lisboa.Ia profundamente sucumbido, varado de sobressaltos e tristezas, em meio à farandolagem alvoroçada dos padres, dos frades e outros dourados parasitas da Coroa. A bordo, atirado sobre a sua bergère, comovido o pobre homem quase não falava… Que seria de sua pobre vida, punha-se a pensar, quando chegasse a Portugal? E tinha gestos de inquietação e de mal humor” (ibidem pág.355)

O segundo, da dinastia dos Bragança, foi d. Pedro I, começou em 1821 com o retorno de D. João VI a Lisboa. Foi a partir de seu governo, que o Brasil, efetivamente, deixou de ser uma colônia de Portugal, apesar da transferência da corte portuguesa em 1808.

“Embora o período colonial tenha terminado, praticamente com a vinda da Família Real portuguesa, para o Brasil, em 1808, é costume prolongá-lo até à categoria de Reino Unido aos de Portugal e Algarvres, em 1815, e mesmo até a Proclamação da Independência, em 1822”.

“Partindo, porem, D. João VI, do Rio de Janeiro, no ano anterior, aqui deixou como Regente do Reino do Brasil o príncipe Real D. Pedro, seu filho e herdeiro. Data, portanto, do decreto de 22 de abril de 1821, que aprovou as Instruções para o exercício do cargo, a autonomia efetiva do país, anteriormente ainda muito ligado a Portugal”.(Historia do Brasil, Helio Vianna, pág. 401).

D. Pedro I exercia realmente o poder de governante – o rei reinava. “ No Brasil, portanto, o rei reinava e mandava, como dizia claramente o art 126 da Constituição ao afirmar que o imperador governava, ‘dirigia física e moralmente os governados.. Pensava, ordenava,agia como o comandante do navio que manda executar e executa’ ”.(As Barbas do Imperador, Lilia M.Schwarcz, pág 48).

O poder do monarca e a forma como o exercia geraram tenções políticas, descontentamentos, rebeliões nas províncias; os laços com Portugal, os direitos mantidos aos seus ancestrais para sucessão da coroa, aumentaVam a desconfiança das elites; acrescente-se ás insatisfações dos políticos com D. Pedro I as suas relações amorosas.

Foram essas as principais razões que levaram D Pedro a abdicar do trono em sete de abril de 1831.

“ Em Portugal, já em 1828, tivera inicio uma grave crise de sucessão ao trono, enquanto no Brasil os abusos do voluntarismo político de d. Pedro I acabariam por levá-lo á abdicação em 7 de abril de 1831. Tal qual um instrumento, colocado no trono pela mão das elites, era também por elas destituído. O monarca partiu, assim, para Portugal, com a firme intenção de recuperar o trono para sua filha, d. Maria da Gloria, deixando para trás o príncipe d. Pedro, com um pouco mais de cinco anos, e as princesas imperiais d. Januária e d. Francisca, todos sob os cuidados do tutor que o imperador designara: José Bonifácio de Andrada e Silva, seu antigo inimigo político nos últimos anos”.(As Barbas do Imperador, Lilia M.Schwarcz, pág 50).

D. Pedro II, último dos reis do Brasil, assumiu o trono brasileiro, com 14 anos, em 1840, sendo destituído e exilado em Portugal após a Proclamação da República em 1889.

Em virtude da idade, cinco anos, o príncipe D. Pedro não pode assumir o trono, com a deposição de seu pai. Como não tinha nenhum irmão ou irmã com idade para assumir o trono, até a maior idade do príncipe foi eleita uma Regência Provisória para governar.

“Abdicando D.Pedro I em favor do filho, o Príncipe Imperial D.Pedro de Alcântara, contava este apenas cinco anos e quatro meses de idade, não podendo, portanto, assumir a chefia do Poder Moderador, embora fosse imediatamente aclamado Imperador, como D. Pedro II. Também não existia. Na Família Imperial, um príncipe com mais de 25 anos de idade, que, de acordo com a Constituição, pudesse assumir a Regência do país durante a menoridade do novo Imperador[…] Nestas condições competia ‘a Assembléia Geral, … eleger uma Regência, composta de três membros, presidida pelo mais velho, conforme também estabelecia a Carta de 1834”(História do Brasil, Helio Viana, pág 449)

O reinado de Pedro II começou com uma Regência, por ser o filho de Pedro I ainda menor de idade. Ele assumiu efetivamente como rei do Brasil, quando alcançou 16 anos.

As Barbas do Imperador, um livro escrito por Lilia Mortiz Schwarcz transcrevendo a vida do monarca, “um monarca nos trópicos”.

São 19 capítulos, sobre o rei, desde a chegada da Família Real até a expulsão do imperador, após a proclamação da República, em 1889.

Capítulo 1 – A roupa nova do Rei – Há muitos anos atrás, em um reino bem distante, vivia um imperador mais conhecido por seu orgulho e elegância do que por seus feitos e atos de bondade. Dizia-se que o monarca possuía milhares de pares de sapatos, centenas de mantos e trajes, uma infinidade de jóias e adereços. …

Capítulo 2 – Nasce um império nos trópicos […] “Vários historiadores têm procurado entender a originalidade da monarquia brasileira vinculando-a à chegada da família real ao Brasil em 1808…é no mínimo inusitado pensar numa colônia sediando a capital de um império”…

Capítulo 3 – O órfão da nação […] “Com a abdicação de d. Pedro I, apesar das conspirações anteriores ao Sete de Abril, a continuidade da monarquia ficava, porém, assegurada e o pequeno d. Pedro II passou a ser aclamado nos jornais como consolidador de nossa independência”…

Capítulo 4 – O pequeno grande rei […] “Desde 1835 cogitava-se antecipar a ascensão ao trono de d. Pedro, prevista pela Constituição para 1843, quando completaria dezoito anos… É o partido liberal, em 1840, com a criação do Clube de Maioridade, que da forma ao projeto… Resolvido então os embates na Câmara e no Senado, constituiu-se uma comissão que se dirigiu ao Paço para solicitar formalmente a aquiescência do monarca, que contava na época com catorze anos”…

Capitulo 5 – O grande imperador […] “O período que vai de 1841 a 1864 – ano do inicio da Guerra do Paraguai – representa uma fase importante para a consolidação da monarquia brasileira… as rebeliões da Bahia, Pará e Maranhão haviam sido debeladas com a ajuda do general Lima e Silva…A Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul, continuava sendo, todavia, um ponto crítico em princípios do Segundo Reinado”…

Capitulo 6 – Vida de Corte: A Boa Sociedade “O ano de 1850 significa, de fato, um marco decisivo na história do Segundo Reinado. No poder, desde 1848, estava um Ministério nitidamente conservador: Araújo Lima (marquês de Olinda), Euzébio de Queiroz, Paulino Jose Soares de Sousa e Joaquim Rodrigues Torres. A Câmara seguia a mesma coloração, tendo um liberal para 110 conservadores. É esse Ministério que terá de legislar sobre questões fundamentais: o problema da estrutura agrária, o incentivo à imigração e, por fim, a espinhosa questão do tráfico de escravos”…

Capitulo 7 – Um Monarca nos Trópicos: O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, a Academia Imperial de Belas-Artes e o Colégio Pedro II. […] “A partir dos anos 50 o IHGB se afirmaria como um centro de estudos bastante ativo, favorecendo a pesquisa literária, estimulando a vida intelectual e funcionando como elo entre esta e os meios oficiais. Assim, com seus vinte anos,a suposta marionete se revelaria, aos poucos um estadista cada vez mais popular e sobretudo uma espécie de mecenas das artes, em virtude da ambição de dar autonomia cultural ao pais”…

Capitulo 8 – Como ser nobre no Brasil – “Foi nos tempos de d. João VI que a colônia americana tomou um ‘banho de civilização’ e conheceu suas primeiras instituições culturais: o Museu Real, a Imprensa Régia, o Real Horto, a Biblioteca Real […] Durante o período em que permaneceu na Colônia (1808 a 1820), d. João teria tempo de nomear alguns titulares – mais exatamente 254, entre onze duques, 38 marqueses, 64 condes,91 viscondes e 31 barões […] Nas mãos do primeiro monarca a nobreza cresceria muito, não mais porque seu reino seria breve. É assim que, de 1822 a 1830, d. Pedro I faria 119 nobres entre os quais dois duques, 27 marqueses, oito condes, 38 viscondes […]Seria no entanto com a batuta do segundo imperador que vingaria o projeto monárquico e que se enraizaria a ‘corte tropical’. Pedro II reinou tendo a seu lado um segmento social que se diferenciou dos demais pela ostentação de um titulo de nobreza e pelo uso de um brasão: símbolos de distinção e prestigio”…

Capitulo 9 – As Residências de D. Pedro – “Como sabemos, quando o príncipe regente português d. João chegou de malas e bagagens para residir no Brasil, houve um grande alvoroço na cidade do Rio de Janeiro. […] D. João não precisou, porem, caminhar muito para alojar-se. Logo em frente ao cais estava localizado o Palácio dos Vices-Reis… o mesmo prédio iria tornar-se a dede administrativa do Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarve, recebendo a denominação de Paço Real […] Em 1817, foi construído um terceiro pavimento na fachada do Paço voltada para o mar, destinado a servir de aposento pra o rei […] Foi em 1830, doze anos depois de ter chegado ao Brasil, que d. João alterou seus costumes habitacionais. Talvez em busca da privacidade, ou de um lugar mais cômodo e saudável mudou-se para o distante bairro de S. Cristóvão, para a Quinta da Boa Vista, propriedade que lhe foi ofertada por um comerciante. No entanto as funções monárquicas no Paço da Cidade.

Capitulo 10 – O Império das Festas e As Festas do Império – […] Num país escravocrata, fortemente hierarquizado, as festas dos ‘brancos” ocorriam – em sua maioria – no interior dos palácios e teatros, cenário para bailes e saraus, ao passo que as festas dos “negros” se realizavam nas ruas da cidade e nas senzalas das fazendas.

Capitulo 11 – A Guerra do Paraguai – Nem tudo eram festas. Ao contrário, a década de 70 significou uma guinada na pacata política imperial: o soberano participaria de modo ativo do conflito com o Paraguai e assumiria no campo da política a centralidade que já vinha obtendo na área cultural. Paradoxalmente, se a Guerra do Paraguai representava o apogeu do Império de d Pedro, o momento de maior maturidade, significa também, mesmo que visto de forma retrospectiva, o inicio da queda.

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