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FELIZ ANIVERSÁRIO; TERRA NOVA – HISTÓRIA

Número 42 – Edição 01 – Terra Nova outubro 2004

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Terra NovaFELIZ ANIVERSÁRIO
Terra Nova, Bangüê.
Parabéns pra você…
Parabéns pra Terra Nova
Parabéns pro Bangüê
“Parabéns pra você
Nesta data querida
Muita felicidade
Muitos anos de vida.”
Aniversário da Cidade
Um ano do Bangüê
Parabéns pra Você
Parabéns pra Cidade
Parabéns pra Você
Pra Terra Nova, Pra Terra Nova.
Pro Bangüê, Pro Bangüê.
Pra Você, pra Você.
Parabéns: Terra Nova, Bangüê e Você.
Feliz aniversário.

Viraldo 20.10.2004

TERRA NOVA – HISTÓRIA

Capela N. Sra. do Socorro – Brejo do André

U. Terra Nova 1929Terra Nova é uma das várias cidades da Bahia de que se tem dificuldade em obter dados históricos. Como a sua história está diretamente ligada à da cultura da cana, com certeza através de analogia das fases de expansão territorial da indústria da cana no Recôncavo e o aparecimento de povoados, como as vilas de São Francisco do Conde (1698) e de Santo Amaro (1724), se aproximará da maneira como surgiu Terra Nova. Havia uma ordem natural no processo de aparecimento desses povoados (hoje municípios) e de outros no Recôncavo: expulsão dos índios; ocupação da terra com canaviais e instalação de engenhos, utilizando a mão de obra de negros trazidos da África como escravos; a instalação de capelas; o ajuntamento de gente; a criação das feiras.

À medida que as vilas se expandiam, seus territórios eram divididos, gerando outros. Assim foi Santo Amaro que se desmembrou de S. Francisco do Conde. Por outro lado, a Igreja criava e desmembrava as Freguesias, à proporção que se espalhavam as capelas, aumentando a concentração de gente em torno delas ou das matrizes possibilitando identidade a povoados.

Feira de Santana é mais um exemplo: tornou-se povoado em volta da Feira de Sant’Ana dos Olhos D’Água, que pertencia a Freguesia de São José das Itapororocas.

1718

O registro mais distante de Terra Nova que verificamos, até agora, é de 1757, de um relatório da Freguesia de Santo Antonio do Rio Fundo (1718) citando o Engenho Terra Nova (cópia no Espaço Bangüê). Nesse relatório, entre outros nomes conhecidos, aparece o do Engenho Aramaré, cenário de um fato muito importante ocorrido 60 anos depois.

Como os lugarejos, de um modo geral, surgiram de uma feira ou de uma capela, o aparecimento de Terra Nova deve estar ligado também à existência de uma feira. Aí é que aparece a segunda data importante referida no parágrafo anterior, a de 9 de agosto de 1819.

Foi nesse dia que foi atendido o pedido do proprietário do engenho Aramaré, Luiz Paulino de Oliveira França, ao rei de Portugal para instalar nas terras do Aramaré uma feira. Como esta deveria ocorrer todo quarto dia útil da semana, quinta feira, é possível que daí tenha vindo o nome da Rua da Quinta Feira, existente ainda hoje em Terra Nova.

O Nome

O nome Terra Nova foi derivado do engenho existente, pertencente a família Pacheco. A Casa Grande conhecida como Sobrado de Artur Pacheco, localizada em Terra Nova Velha ficou de pé até por volta dos anos 60 e 70.
A expressão terras novas foi a denominação dada às novas terras,
quando se interiorizou a industria da cana de açúcar, por terem cansado as terras da Beira Mar e também pela falta de lenha.
Até o período da Independência, “Terra Nova” era a denominação de um engenho que assim como, Aramaré, Jacu, Jacuípe e outros pertencia à Freguesia de Rio Fundo.
Era em Aramaré que a família da Luiz Paulino d’Oliveira Pinto da França, Marechal de Campo de Portugal, nascido na Bahia em 1771, proprietário do engenho, passava o verão banhando-se nas águas do rio Pojuca. Parte da família lá se refugiou durante as lutas da Independência.

Em 1854 o engenho Aramaré foi vendido pelos filhos de Luiz Paulino e D. Maria Bárbara para Manoel Lopes da Costa Pinto, visconde de Aramaré.

1899/1902

Dois outros marcos da história de Terra Nova foram 1899, com o contrato de implantação da usina, e 1902, com sua inauguração.

A construção da estrada de ferro, uma tentativa de facilitar o desenvolvimento da indústria da cana, é também um parâmetro importante para a história de Terra Nova, historicamente registrado no livro “O Engenho Central de Bom Jardim na Economia Baiana”.

Desde 1850 já se atentava para a necessidade de um transporte mecanizado para atender aos engenhos de Santo Amaro da Purificação. Em 1872 o Estado examinava um plano para ligar por uma estrada de ferro o trecho Santo Amaro – Bom Jardim, inicialmente elaborado pela família Costa Pinto.

O exame da história da construção desse ramal leva a constatar que, nessa época, o perímetro que se tornou Terra Nova era constituído por fazendas particulares. A constatação se evidencia na peleja entre a Província de Santo Amaro e os proprietários de terra local (1879).

“O Engenho Terra Nova, o Engenho Periperi, e a Fazenda Caracanha pertenciam à Baronesa de Bom Jardim e seus herdeiros. […] A província, em nome do governo imperial, alegava que uma vez que as terras foram doadas às famílias, por sesmaria, o Estado gozava, em princípio, do direito inerente de desapropriá-las. […] José Pacheco Pereira, proprietário rural, genro da Baronesa, e advogado dos reivindicadores, argumentava que as terras por onde passavam os trilhos não proviam de terras de sesmarias. O caso foi à mais alta corte da Justiça onde a decisão recaiu em favor dos reivindicadores”. (Eul-Soo-Pang, O Engenho Central de Bom Jardim, pág.39).

Pode-se afirmar que, no inicio do século XX, o povoado já era chamado de Terra Nova. Isso se confirma nos dois principais pólos econômicos, no Transporte e na Agricultura: Terra Nova foi o nome dado tanto à Estação Ferroviária como à Usina de Açúcar.

No fim da primeira metade do século XX, nos anos de 1940 o lugarejo já tinha seus dois mil habitantes; uma feira regular, um cinema, lojas comerciais, vendas, uma estação e um ponto ferroviário. A estação, servindo no lado da usina, e o Ponto Ceen, construído próximo ao mercado dando fundo para feira que funcionava onde hoje é a praça da cidade.

Como era muito difícil a ligação com os centros mais adiantados, o cotidiano das pessoas era atendido internamente: escolas, posto médico, cinema, igreja, campo de futebol. Entretanto a categoria territorial ou política de Terra Nova estava abaixo da de Rio Fundo ou mesmo da de Jacu, pois era nesses lugares que se registrava o nascimento das crianças.

1953/1961

No ano 1953 Terra Nova passou à categoria de Vila com o nome de Terra Boa, ficando documentado pela Lei Estadual 628 de 30 de dezembro de 1953, figurando como distrito de Santo Amaro da Purificação.
Emancipou-se de S. Amaro em 1961 voltando a chamar-se Terra Nova, por força de um Peblicito, e da Lei Estadual número 532 de 20 de outubro de 1961.
O primeiro prefeito do município foi Edito Teles de Menezes (Didi Teles).

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