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PROFESSORA LULU

12- A Escola em Terra NovaHomenagem á Venerana Professora1864 – 1961” (Trabalho – palestra – do professor Ronaldo Gonçalves. Proferida em Terra Nova, em 1959 ou 1960. Concluimos ter sido o evento realizado num destes dois anos, em virtudo do palestrante ter dito que a professora Lulu tinha 95 anos de idade.)

Meu presado amigo Dr. Melo Lima – Presidente desta solenidadeSenhores componentes da mesaDignissimos membros da familia Simões de Paiva LunaSenhores ProfessoresMinhas senhorasMeus senhoresCrianças

Quis Deus que, 23 anos depois de ter deixado o curso primário, aqui estivesse para dizer-lhe algumas palavras, numa homenagem muito merecida àquela que, sendo filha desta terra, a ela deu o melhor do seu esfôrço, a maior da sua dedicação, cumprindo a espinhosa, mas sublime missão de ensinar. 23 anos me separaram daquela tarde em que, comcluindo o curso primário, levei para a casa, como prêmio aos meus pais, o resultado do meu esfôrço e a fixação, para sempre em meu cérebro, dos nomes daquelas que me guiaram nos primeiros passos da vida estudantil: professora Beatriz; Professora Nadir; Professora Lulu, a homenageada desta solenidade. Sôbre aquelas, tenho sempre a lembrança da dedicação, da bondade, do cuidado, enfim de como se portavam diante dos alunos de primeiras letras e sôbre elas falo, com respeito e admiração. Sôbre a Veneranda Professora Lulu é que falarei nesta simples, mas sincera homenagem. Disse no comêço: missão espinhosa e sublime, acrescentaria constante e duradoura, porque a sua dedicação ao ensino ultrapassou o limite do humano e atingiu o do inexedivel, uma trajetória que, sem interrupções, durou um periodo de 60 anos de magistério. Parece incrivel meus senhores, que alguem possa dedicar a um mister, por tão longo tempo, numa mesma terra, servindo aos mesmnos ideais, 60 anos, ou melhor 60 longos anos! 30 anos no serviço público, a quem deu toda a sua mocidade. Foram 30 anos de falta de conforto material. As carteiras eram poucas e, mesmo assim, velhas e às vezes até quebradas. Alguns caixões completaram o mobiliário. O quadro negro era de madeira e, se não fosse a ação direta da professora que o mandava pintar sempre, ele poderia ter cores mais diversas. O material didático, portanto, era insuficiente e de péssima qualidade. A sala onde funcionava a escola, no meu tempo era uma adaptação: sala estreita, sem entrada de luz suficiente, embora contasse com 4 portas e duas janelas, todas estas feitas para atender requisitos de uma sala de jantar com comunicação para outros comodos, tão a gôsto das construções da época. Pois bem, senhores, foi em ambiente deste tipo, contando com material escasso e de péssima qualidade, que a veneranda mestra compriu o seu dever.Maior do que o interesse pela comodidade era o seu amor pelo ensino. E a missão sempre foi cumprida.Dêstes anos, apenas lhe resta tranquilidade do espirito pelo cumprimento do dever. Quais as outras recompensas pelo árduo serviço prestado ao governo? Quais, senhores? Nenhum. Nenhuma pensão, nenhum reconhecimento, nenhuma honraria oficial. Mas a velha mestra, não tenho dúvidas, se acha por demais recompensada, porque mais do que o dinheiro, mais do que as honrarias oficias, vale o reconhecimento do povo. Sei meus conterrâneos que a professora Lulu, aqui sofreu injustiças, aqui sofreu incompreensões, para não dizer decepções, mas sei que o povo sentia a necessidade desta homenagem. O que faltava era um líder que tomasse a iniciativa. Há pouco tempo, este lider, que sempre propugnou pelas coisas boas de Terra Nova, apareceu. Ele aqui está: Melo de Lima. Desculpe-me a intimidade do tratamento, mestre e amigo. Mestre porque há 23 anos passados integrou também a banca, como examinador, nas provas finais do meu curso primário. Amigo, porque, por todo êste tempo, embora separados, estivemos unidos por laços espirituais de amizade, para satisfação e honra minhas. Foi em sua casa que nasceu e tomou corpo a idéia desta homenagem. Privava eu de alguns instantes; no ambiente da sua familia e conversavámos sôbre a Biblioteca que tencionava criar aqui, como de fato está iniciada, quando êle, exibindo um pequeno retrato da professora, falou-me que iria mandar ampliá-lo para colocar no Prédio Escolar. Tornamos exequivel o plano, amadurecendo e unificando as nossas idéias. Mandei ampliar o retrato, preparei o pergaminho e êle providenciou a estante para o inicio da Biblioteca que tomaria, como tomou, o nome da mestra de tantas gerações. Daquele dia até hoje, decorreu algum tempo, sem que pudéssemos realizar a festa que bem se poderá chamar de festa do povo de Terra Nova. Como vêm, o meu papel foi quase, apenas, o de interpretar, neste momento, os sentimentos do povo de minha terra, nesta festa de gratidão.A minha escolha prara orador, decorreu menos por cultura, por conhecimento, do que por ter sido aluno da veneranda e querida mestra e poderia falar com maior conhecimento de causa sôbre fatos e atos da sua vida. Falei há pouco dos 30 anos de magistério público. Os outros 30 anos, posteriores aos do ensino oficial, foram dedicados por ela ao ensino particular, donde tirava grande parte do seus sustento, de vez que nada ficou percebendo do governo.Embora sentindo o peso dos anos, a professora Lulu jamais deixou de dar aulas aos seus alunos, melhor dizendo, discípulos, palavras tão a gosto dela, nos turnos matutino, vespertino e noturno. Vale ressaltar aqui a ajuda que sempre lhe deu a sua filha Luiza, por todos, mais conhecida por Zita. Foi, portanto, toda uma existência dedicada ao ensino, dedicada a Terra Nova, o seu torrão natal.Não é demais dizer que ela foi uma das iniciadoras do movimento estra-oficial visando a educação de adultos. Por várias vezes, ví operários e moças se dirigirem, á noite, para os cursos da Professora Lulu e, em pouco, dezerem dos bons resultados obtidos. Este trabalho foi feito por anos a fim e muito antes de ser inidiada, pelo Governo Federal, a Campanha de Educação de Adultos. Dou testemunha do que presenciei aqui, numa das minhas visitas a Terra Nova, já faz muito tempo. Visitando a professosra, numa noite, quando era comum o racionamento de energia, a encontrei ensinando a mais de 20 adultos à luz de querosene. Vejam senhores que amar à causa do ensino! Que magnifico exemplo para aqueles que lá estavam estudando. Falava sôbre o torrão natal, Terra Nova, seu torrão natal, porque quando poucas casas existiam aqui, a 25 de agosto de 1864, no lar honrado de Felipe Simões de Paiva e de D. Maria do Amaral Simões de Paiva, nascia uma criança que, na pia batismal, recebeu o nome de Luiza. Foi aquela criança robusta que viria a ser, a 2 de abril de 1883, a Professora Luiza Simões de Paiva, mais conhecida por Professora Lulu. Depois de formada não começou logo a ensinar aqui, pois teve que aguardar vaga. Neste tempo ensinou no lugarejo, hoje Vila de Jacu, de cuja época, ainda podemos ter a prova de um seu ex-aluno: Dr. Bomfim. Sem dúvida o mais velho dos seus alunos e a testemunha mais antiga do seu esfôrço para começar bem a missão sacrosanta do ensino. Ainda vivos, e Deus os conserve por muito tempo, aluno e mestra, simbolizam um passado que nem o tempo conseguiu destruir.Conseguida a vaga, para aqui se transferiu e se dedicou ao ensino. (No ano da palestra a professora ainda era viva) A 17 de junho de 1893 contraiu núpcias com o Sr. Ismael Aiala Luna, de cujo casamento nasceram seis filhos: Elisabeth – Adélia – Lídia – Luiza – Ismael e Maria de Lourdes. No seu lar ainda foram criados diversas crianças, entre as quais: Joana – Maria – Francisca _ Alberta – Saturnina – Maria da Hora – José Francisco – Rodolfo – Catarina e outros.Hoje, com 95 anos de idade, encontra, todos vivos, além dos 6 filhos, com 10 netos, 27 bisnetos e 2 trinetos. Existência bem vivida. Vida cheia de lutas, de amarguras, mas também repleta de amor ao próxim0 do que é prova a demonstração do povo, através deste espetáculo que presenciamos, onde a sinceridade desta homenagem fala bem alto e se mistura com a satisfação de todos nós, num reconhecimento profundamente humano àquela que, sendo professora, tinha pelos seusdiscípulos verdadeira afeição maternal. Muitas vezes imcompreendida pelos pais dos alunos e, algumas vezes, por êstes, pela sua severidade na horaprecisa, reunia as qualidades daqueles que podem agradar ou castigar, com o mesmo bom senso, dentro de uma linha inflexivel de bem preparar o aluno para a vida do futuro, muitas vezes, incertas e cheia de dificuldades. As qualidades apontadas aqui não foram as únicas do seu espirito tão cheio de virtudes, a elas se aliaram fatos marcantes que merecem reavivados para que frutifique o seu exemplo, numa hora de tanta incompreensão.A modéstia, meus senhores, continua sendo um apánagio da sua vida. Há poucos dias, quando a visitei em Periperi para dar-lhe a noticia da homenagem, logo que falei a sua resposta não tardou e, como sempre, veio repassada de modéstia: “Porque esta homenagem. Eu nada fiz de mais. Tudo isto é muito trabalho e eu não mereço”. Outra resposta não poderia ser dada, por quem teve a vida como exemplo de desambição. Mas, não foi somente por modéstia a sua resposta. Faltava na veneranda mestra aquilo que sobra em nós outros: perspectiva para julgamento. Ninguém pode fazer julgamento de si mesmo, senão incidindo em erros de perspectiva. Quando muito, se consegue fazer simples auto-crítica que não as dimensões de um julgamento. A resposta que me foi dada, senhores e senhoras, foi obra pura de um raciocinio lógico de quem tudo deu sem nada exigir; de quem sempre fêz da modéstia a sua bandeira; da união o seu modo de viver; do ensino um apostolado de fé; da sua vida, enfim, um exemplo que é um legado que honra e dignifica os seus descendentes e a sua terra.O orador que lhes fala teve a felicidade de ser seu aluno e tem, ainda hoje, o maior prazer em procamar- lhe os méritos de grande professora. Nas pequeninas coisas, poderemos descobrir méritos de valor imensuravel. Assim lhes vou contar fato que aconteceu há poucos dias, numa conversa informal, em sua residência, fato êste que bem demonstra a agudesa do seu espirito de observação e o cuidado pelo tradicionalismo bem dirigido.Anotava informações a respeito da sua vida e da sua obra, quando fui interrompido pela sua voz. Pensei que iria receber mais alguma informação, mas o que veio foi uma censura, em forma de pergunta: “já se esqueceu do dedo minimo”? Causou-me surpresa aquela observação, mas logo me lembrei que estava junto daquela mesma professora que várias vezes, na escola primária me havia recomendado o uso do minimo para a melhoria e uniformidade da letra. Êste fato podera passar despercebido se eu nele não visse a fiel expressão de quem havia nascido professora, se criado professora e envelhecido professora. Professora sempre com método, com espirito observdor, com cuidado e, sobre tudo cumprindo o seu dever de bem orientar jóvens para as jornadas do futuro. Outro ponto que não pode ser esquecido é o seu esfôrço pela melhoria da educação, ora no curso matutino, ora em curso vespertino, ora finalmente, no curso noturno, para moças e rapazes.Convém frizar que a sua recompensa material era mínima, pois os preços dos cursos eram irrisórios: para aulas diárias, nos cursos diurnos: cinco mil réis por mês e nos cursos noturnos: três mil réis. Fazia êsstes preços, porque via no ensino a única solução para a melhoria geral da nossa terra. Valeu apena o seu esfôrço, pois hoje os indices de alfabetização sobem de maneira a nos dar fundadas esperanças de dias melhores para a nossa pátria. Outro fato que merece ser repetido é o da “celebre” palmatória. A sua aparição, na sala de aula, aos sábados, para complementar a sabatina de taboada, era sempre recebida com receio, embora o respeito já viesse da segunda feira, quando começavam os preparativos da matéria o “grande dia”.Ainda me lembro, e aqui outros hão de lembrar-se também, da velha professora de vestes simples, de fala carecteristica, usando os frágeis óculos que lhe corrigiam as deficiências da visâo, andando pausadamente e a passos firmes, enérgica sem exorbitar, exigindo de cada aluno a contraprestação do seu esforço, pelas aulas dadas durante a semana.Aquelas sabatinas, meus senhores, foram a coisa mais séria que experimentei em toda a minha vida estudantil. E a prova disto é que no estabelecimento de ensino, adoto o processo dos testes de revisão, de acordo com a didática moderna êstes testes nada mais são do que cópias novas das velhas sabatinas da minha infância. De boa formação religiosa, fazia questão de transmitir aos seus alunos os ensinamentos das leis de deus, do amor ao próximo, do respeito aos pais, da caridade, enfim, de como se forjava um cristão, para o fortalecimento da igreja e glória de Deus.Ainda me lembro das lições de catecismo, das rezas de antes das aulas, das explicações, comentários etc. Aqui registro o que, certa vez, ocorreu comigo e a veneranda professora, para conhecimento de todos: Num domingo pela manhã, quando me encaminhava para a igreja, a vi passando pelo outro lado da rua, sem dúvida, com o mesmo destino, como habitualmente fazia, fui ao seu encontro para tomar-lhe a benção. Depois dêste cumprimento, não tardou uma indagação: “Para onde vai agora?”. Respondi imediatamente que ia assistir a missa.Reparem bem senhores, a minha resposta: ia assistir a missa. Incontinente veio a correção: “assistir não, ouvir. Missa não é partida de futebol que se assite. Missa se ouve”. Conquanto ambos os verbos possam ter significados quase idênticos, relembro sempre e vejo que a professora, mais uma vez, tinha razão.A frase ouvir a missa é consagrada pelos clássicos da língua portuguesa e isto vim saber, muitos anos depois… Vejam, senhores, as minúncias daquele espírito de verdadeira mestra.Qual teria sido, senhores e senhoras, o segredo do êxito da veneranda mestra, em todos êstes anos? Posso responder a esta pergunta com relativa segurança; o segredo do seu êxito e de qualquer professora se baseia em 5 itens:1) Renovação de conhecimento;2) Dedicação à causa do ensino;3)Urbanidade no trato com as crianças;4) União constante com as demais professoras do mesmo grupo;5) Desejo urgente de trabalhar por um Brasil melhor. Permitam-me fazer ligeiros comentários sôbre êstes itens, para que se possa melhorar o nível de entendimento de cordialidade e, para que não dizer, do próprio ensino em nossa terra. RENOVAÇÃO DE CONHECIENTOS Não se compreende ensino nem evolução natural do dinamismo ditado pela didática moderna: seus métodos de trabalho extra-classe; motivações constantes para maior vida das atividades escolares, enfim, renovação do conhecimento, como meio eficas de melhor consultar os interesses do ensino. DEDICAÇÃO À CAUSA DO ENSINO Para bem exercer qualquer mistér, não se concebe falta de dedicação. É preciso viver o problema, superar as falhas materiais do meio, inovar trabalho, aproveitando as tendências das crianças. E para isto, só há um caminho: Dedicação à causa do ensino. URBANIDADE NO TRATO COM AS CRIANÇAS Sem urbanidade de tratamento pouco ou nada se consegue dêste ser maravilhoso que é a criança. Esta urbanidade se consegue através de conhecimento de Psicologia Educaciomal, aliada a, pelo menos, noções dos problemas moral-socio-econômicos das crianças, em função do meio. UNIÃO CONSTANTE COM AS DEMAIS PROFESSORAS DO MESMO GRUPOAí reside justamente o ponto nevrálgico do problema dos grupos escolares. As dificuldades são diversas: de origem, de idades, de costumes, de caprichos pessoais, de formação, de métodos, de capacidade de trabalho e tantas outras, de forma que se estabelece a desunião, causa de constantes fracassos no setor do ensino, prejudicando, em muito, as crianças. É preciso estabelecer-se o espírito de equipe, com desprendimento; a distribuição de tarefas, com raciocinio lógico; os planejamentos como meio de atingir metas essenciais e indispensáveis.Na escola em que ensino, disso deu testemunho, há o mais profundo respeito pela opinião alheia, mas o nível de compreensão é tal que todos os meses, conseguimos reunião de professsores para tratamento conjunto dos problemas de cada um. DESEJO ARDENTE DE TRABALHAR POR UM BRASIL MELHORSomente vivendo o drama do Brasil do momento, podemos sentir anecessidade do mais e melhor trabalhar pela nossa Pátria. A ela está reservado um lugar na história do futuro, mas a nós cumpre trabalhar com mais afinco, especialmente no setor de educação, para que ela mais rapidamente atinja aquele lugar. Todos êstes pontos, que a veneranda mestra sempre procurou observar foram os motivos do seu êxito.Ai, pois, meus senhores, temos um esbôço da personalidade da nossa homenageada, esbôço, apenas, porque várias facetas de sua vida não vieram á tona para composição perfeita do seu retrato. Talves, porque, o pintor que a retrata, neste momento, não tenha sabido manejar o pincel, de modo a bem mostrar todos os traços caracteristicos de uma personalidade marcante em nosso meio. Crianças aqui presentes:Estas palavras também são dirigidas a vocês, homens e mulheres do futuro.Vejam, sintam o que representou a venerada mestra para esta terra e sigam-lhe os exemplos. O caminho para vocês, já é menos árduos, os recursos materiais bem maiores, a evolução da vida brasileira um fato incontestável.Aquele retrato ali, tanto há de lhes estimular para a vitória na vida estudantil de hoje, quanto lhes há de servir, no futuro, como um exemplo digno de ser seguido. Senhores membros da familia Simões de Paiva Luna, aqui presentes: Entre sensibilizado, pela demonstração de carinho, dos que aqui estão presentes, à veneranda professora, e satisfeito pelo que me vai nalma com o resgate de uma divida de honra, peço-lhes que guardem o calor destas minhas palavras, a sinceridade do que acabei de dizer, o respeito e a veneração de um ex-aluno, tudo isto e mais a satisfação de Terra Nova, por quem falo neste instante e levem para o seio de toda família, para o coração daquela distinta senhora, como expressão, a mais sincera, dos sentimentos dsta terra. Agora, permitam senhores que eu me dirija espiritualmente à veneranda mestra, como se ela aqui estivesse presente. Mestra:Esteja certa de que todo o seu esforço, toda a sua dedicação, toda a sua coragem, todo o seu conhecimento, o sacrifício tido de sua vida muito serviram para a formação da personalidade de seus alunos. Hoje, depois do amadurecimento, quando já se apagaram os ressentimentos mentais, por ventura existentes, de alguns alunos seus, todos, pessoal ou espiritualmente, aqui se reúnem para lhe prestar esta homenagem – é um resgate, é uma recompensa é, sobretudo, o mais sincero reconhecimento a quem sempre colocou, em primeiro plano, o cumprimento do dever. Receba esta oração como recompensa de tudo o que fez por Terra Nova. E a voz da nossa terra, é a voz de um seu ex-aluno que lhe vem dizer, mestra, por tudo e por todos –MUITO OBRIGADO.

Ex-aluno, orador: – Professor Ronaldo Gonçalves
Transcrito pelo neto:- Aloisio Luna Cunha, tendo em vista o original Encontrar-se um pouco invisível, pela ação do tempo percorrido, apesar de bem guardado no “Arquivo de Recordações”. Máquina usada para a transcrição:- velha LEXIKON 80.
(Salvador, ano 2002)

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