Rosália Reis

(ñ houve gravação)

 

Eu considero a pessoa de dona Rosália, merecedora de um destaque na história de São Bento do Inhatá. Afinal de conta ela foi importante na criação e permanência da Biblioteca Castro Alves, nos idos de 1939.

  • Viraldo – Dona Rosália, quando e onde você nasceu?
  • – quem foram seus pais?
  • Onde nasceram (seus pais) e o que faziam em S. Bento
  • Quantos irmãos (você era primeira, segunda… caçula)?
  • Que foi sua professora em S. Bento e o nome da escola?
  • Até que curso você frequentou?
  • Conte-me a história da sua reprovação no Exame de Admissão, os outros meninos e meninas que fizeram na ocasião não tinham inteligência nem conhecimento maior do que o seu, muito pelo contrario, mas você perdeu e eles passaram. (essa é uma questão histórica e cultural da época.).
  • Onde foi realizado o exame de admissão?
  • O que aconteceu no seu retorno para São Bento e quantos anos você tinha?

10-Seus outros irmãos, foram para o ginásio, tentaram também ir?

7 – Como você soube disso? Esse assunto é muito complexo. Se ocorresse nos dias de hoje, talvez tivesse outro desfecho.

Conclui o curso primário com excelentes notas. Esse fato teve grande repercussão, como sempre acontece em lugar pequeno. Daí então, o Sr Domício (gerente da Usina), amigo do meu pai, sensibilizou-se, orientou meus pais, a fim de que eu continuasse os estudos; procurasse D. Mariquinhas (tinha um pensionato em Feira de Santana), para ver a possibilidade de me encaminhar, orientar, etc. D. Mariquinhas, gentilmente acolheu a ideia, prontificou-se a nos ajudar, inclusive, disponibilizou as filhas: Celina e Leonor, ainda estudantes (normalistas) para  me  dar aulas complementares, atualizar de acordo com programa de Escola Normal de Feira.

A princípio, minha  mãe resistiu muito, argumentando o seguinte:

(A) falta recursos financeiros, família numerosa (9 filhos ) salário incompatível;

(b)  eu era muito nova (11 anos) para viver longe da família;

  1. c) carecia de cuidados especiais, que  a idade e meu biótipo exigiam, num ambiente desconhecido;
  2. d) enfim, na simplicidade dela, humildemente, o que  ela mais temia era o preconceito racial.

Tudo bem nada disso me intimidou. Estava confiante, porque acreditava que estava preparada para as provas. Enfim, chegou o dia, viajei com Mariquinhas e outros estudantes, para Feira de Santana.

8 – No dia e hora marcada, estava na Escola Normal de Feira de Santana, para fazer as provas. Fiz tudo que me foi exigido, creio eu, que acertei muito mais do que errei.
— Em sex, 22/7/11, Viraldo <viraldo@bangue.com.br> escreveu:

Meu nome: ROSALIA DOS REIS SANT´ANNA

1- Eu nasci no dia 4.09.1925. Na Usina S. Bento, Vila do Inhatá, S.Amaro da Purificação.

2-  Meu pai chamava-se Pedro dos Reis Sant´Anna, casado com minha mãe Joanna da Cruz Santana.

3 – Meu pai nasceu na Usina Passagem, próxima de S. Amaro. Foi para S. Bento, ainda pequeno, Cresceu, alfabetizou-se e aprendeu a profissão de caldeireiro. Exerceu função de mestre das caldeiras da Usina S. Bento. Casou-se com minha mãe, domestica, costurava de ganho, para ajudar nas despesas.

4 –  Éramos 9 irmãos: Emídio, Dionísio, Osvaldo e Aurea (falecidos), Isabel, ROSALIA(6ª) José Mercês, Vanderlice e Bernardina, morando em Salvador.

5 – Tive 2  excelentes professoras: Maria da Fé Sampaio de Oliveira e Clarice Alves Rosa, ambas da Escola Mista Municipal da Usina São Bento.

6 – Frequentei o curso completo. Do 1º ao 4º ano, na mesma escola
— Em sex, 22/7/11, Viraldo <viraldo@bangue.com.br> escreveu:

 

9 – Após o exame retornei. Fiquei aguardando resultado positivo, com muita esperança. Ansiosa porque se perdesse alguma matéria, faria 2ª época, em fevereiro. Demorou tanto que, fui perdendo a esperança, até que nos chegou o resultado. Perdi. Não havia mais tempo para 2ª época. Teria que fazer tudo de novo no ano seguinte. O mundo desabou para mim. Quando imaginava o sacrifício que meu pai fez para providenciar a documentação exigida pela escola. Entre outras dificuldades, ele viajou várias vezes, a cavalo para S.Amaro, em busca de documentos, gastando quantias vultosas (para nós)  sacrificando orçamento domestico. Fez enorme sacrifício, porém, feliz, dizia que  estava lutando  por um futuro promissor, da filha muito amada. Concluída essa parte preparatória, chegou a hora de ir para Feira de Santana, Com D. Mariquinhas.  O resto você já sabe
— Em sex, 22/7/11, Viraldo <viraldo@bangue.com.br> escreveu:

Desculpe demora resposta. Computador novamente deu pane.

Parece-me houve erro de digitação (comunicação), sobre funcionamento da BCA. Talvez não tenha expressado bem o que ocorreu.

– Encontro com Rosália dia 09/03/2008 vide 06/03/2008

Dia 10 de Julho 2011 – 11/07/2011 – Conversamos com Dona Rosália tentando saber o que ocorreu com a biblioteca de São Bento entre 1946 e 1957 quando ela aparece em Terra Nova.

A Usina São Bento fechou em 1954, quando ela se transferiu para aliança(Praticamente entregou a chave no ESCRITORIO)

A biblioteca começou na casa de seu idealizador e criador Anísio Conceição. Depois foi para a casa de Rosália na sua casa passou para uma sala na frente.

Quando ela foi para Aliança transferida a estante com todos os livros para o escritório da Usina

(conversar com Tote e Lurdes em Terra Nova)

Dia 12 de Julho de 2011 – Considero Importante a pessoal de Rosália Reis na Historia de São Bento

Por quê?

– Era mulher

– era negra (personagem)

– Inteligente

Merece, para mim, um questionário sobre sua passagem na Usina.

 

Dia 26de Julho de 2011 – 28/07/2011 – Biblioteca São Bento

Existe um hiato entre o ano de 1946 e 1958. Não conseguimos explicações nem mesmo condições de especular a razão do Livro de Controle e Saída encerrar em São Bento no ano de 1946

Dona Rosália não conseguiu lembrar ela era a responsável pelo controle dos livros. Chegam a especular o fechamento da Usina São Bento e sua transferência para Aliança.

Não pode ser razão, pois a Usina fechou em 1954, quase dez anos.

O recomeço do uso do Livro de controle deu-se em 1958 em Terra Nova. Mais ate então em que se estabeleceu numa escola ou algum local da Usina

A primeira usuária foi à professora Maria da Gloria.

O movimento de livros deu-se 1984

Uma curiosidade constatada é que uma só pessoa, por exemplo, a professora Marisalva e a professora Olga Garcez.

A explicação dada por Marisalva era para ler preparando-se para concurso

A partir de 1984 aparece dentro do livro de controle uma lista em duas [3] folhas em papel timbrado do Sindicato quantificando os livros outros assuntos.

[Terra Nova, 29 de Março de 1984 – no verso da ultima folha consta a seguinte anotação: vieram 206 livros, faltam 118 livros, total geral de 390 livros]

 

 

 

Viraldo Ribeiro

Viraldo

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