DA SÉRIE SER BOM TAMBÉM SE APRENDE A SER
Escrito por Viraldo B. Ribeiro
Sáb, 16 de Maio de 2009 11:45
________________________________________
Número 31- Edição 01 – Terra Nova, Fevereiro 2004
________________________________________
DA SÉRIE SER BOM TAMBÉM SE APRENDE A SER
Todos os homens têm o mesmo grau de inteligência, as diferenças existentes entre uns e outros são resultantes das experiências acumuladas. As diferenças de atitude e comportamento decorrem de aprendizados (melhor vocabulário, saber pontuação, por exemplo, facilita a compreensão da leitura e explanação das coisas). Estas diferenças estariam diretamente ligadas à freqüência das reencarnações (de cada um); à persistência em aplicar e observar as experiências acumuladas, ‘queimar os neurônios’.
Esse princípio filosófico considerando que todos têm idênticos graus de inteligência, apesar de que uns demonstram maiores facilidades de lidar e resolver problemas advém, também, do acúmulo de experiências adquiridas ao longo da existência do próprio ser derrubando o, odioso, principio de superioridade de raças.
A inteligência é a mesma, o conhecimento (que é adquirível) é quem faz a diferença.
A Natureza legou condições fisiológicas iguais para o ser humano, através de células; cada órgão, individualmente, foi dotado de condições idênticas para funcionar, o cérebro, assim como o coração, pulmão, fígado, cada um com sua carga de energia. As pequenas divergências de atitude e de comportamento, do cérebro, por exemplo, (natural da natureza), mesmo no nível primitivo dos indivíduos (lá no muito antigamente, onde e quando o homem respirou pela primeira vez), não têm grande significado ao nível quantitativo do todo, seriam a exceção, ou propósitos da natureza, necessários para o avanço do ser racional, para ele não se perpetuar como um repetidor semelhante aos irracionais. As exceções são comuns também nos demais órgãos.
Provavelmente vendo os pássaros fazendo seus ninhos, ele despertou para a necessidade de construir moradias; observando animais (esquilos, cachorro, formigas, abelhas) reservando alimentos para o futuro e as plantas na periodicidade da produção de frutos e raízes, ele evoluiu da fase da busca do alimento (caça) para o estágio de guardar e plantar para o futuro. Esse comportamento que se deu (evoluiu) ao longo de muitos anos reduziu seu total comprometimento com o agora e permitiu-lhe reservar parte de seu tempo para pensar, aumentando sua capacidade de observar, e planejar para o futuro. É na delegação de um tempo maior para a reflexão que surgem as elites, os grupos pensantes.
As pechas de incompetente, que ontem os colonos e mesmo a igreja davam aos negros, eram absurdas, como hoje são as dirigidas para os pobres e nordestinos. Como brotar do âmago deles a necessidade do saber intelectual se seu tempo era e é totalmente gasto na manutenção da vida?
As experiências que se acumulam de um indivíduo para outro (pai para filho), durante a vida se registram também num mesmo indivíduo de uma encarnação para outra. Mesmo para quem não admite o princípio reencarnatório, o argumento filosófico é válido, pois a passagem da vivência se processaria dentro das gerações da família.
Há um autor que diz ser o coração um órgão emissor de células inteligentes; o cérebro seria o centro decodificador das suas mensagens. Diz, também, que o coração é o astro central do nosso sistema, e que o cérebro é o seu astro principal, que gira em sua volta. Portanto o cérebro gira em torno do coração, como a Terra gira em torno do Sol.
Se somos alegres, felizes os fluidos emanados pelo coração, tanto para o seu cérebro como para os de outras pessoas, são bem mais positivas do que quando estamos infelizes, raivosos, “espertos” .
Por outro lado existem pessoas, naturalmente alegres, felizes, capazes, mas que reservam parte do seu tempo ao consumo de drogas, bebidas, ou mesmo a futilidades (tudo em excesso); outras aposentadas por si ou pela sociedade; há ainda aqueles que são sub-utilizadas, trabalhando atrás de máquina registradora, num balcão. Todos sem encontrar, ou mesmo não dando oportunidade às células do coração para gerarem fluidos positivos, dentro das potencialidades de cada um, em favor da comunidade onde convive.
As observações do homem, lá longe, no início da corrida evolucionista, lá na fase primitiva, foram feitas diretamente na natureza (plantas, rios, chuva, trovoadas, animais etc).
Quando as pessoas não encontram dentro de si o sossego, o seu ponto ideal para produzir pensamentos e idéias para si e para o outro, é importante, buscar um tempo, se juntarem em grupo para “jogar conversa fora”. É daí que podem surgir boas idéias para a comunidade.
Achamos que a Natureza trama para que o coração tenha mais espaço para expressar-se e influir no processo de evolução da humanidade, no qual ainda há a predominância do sentimento físico sobre o espiritual. O próprio cérebro já percebe está necessidade, pois o acumulo de responsabilidade, que ele próprio atrai para manter fisicamente vivo o corpo, lhe causa stress. Assim o coração passa a ser ouvido, e o homem alia ao tempo de trabalho o tempo do lazer.
É o sentimento gerado no coração, que o homem facilitará o outro alcançar o conhecimento, e são diversos os meios. Muitos já dizem isso, e há muito tempo. O Bangüê repete e age, criando um espaço em Terra Nova para leitura, pesquisa, estudo, reflexão, que poderá ser chamado de Biblioteca, Espaço Cultural. O nome não importa, o que vale é o que está disponibilizado para a comunidade dentro dos livros, revistas, mapas, instrumentos que ajudam construir degraus.
42 ANOS
42 anos
Parabéns, Terra Nova. Parabéns também,
Amélia, Bom Jardim, Berimbau.
Apesar das dificuldades, todo mundo crescendo.
No tempo das Freguesias, estavas lá, Terra Nova,
No meio dos engenhos,
Freguesia de Itararipe e Rio Fundo
Dito do vigário Manoel Lobo de Souza
Ano de 1775.
Eras tu e mais quatorze engenhos
Que se citem alguns: Brito, Buraco, Aramaré,
Jacuípe, Jacu, Bom Jardim, Inhatá, San Pedro,
Papagaio, Camorogipe.
De onde vens Terra Nova?
Da região das “terras novas”
Adotadas pelos senhores de engenho
Por terem cansado as terras da beira mar?
Da falta de lenha, na beira do mar,
Alimento das fornalhas dos engenhos?
Ou os dois, juntados á fuga dos invasores,
Levaram, massapê adentro,
Colono buscar as “terras novas” ?
Em 1819, quando o proprietário do engenho Aramaré,
Luis Paulino d’Oliveira Pinto da França,
Requereu do rei de Portugal para instalar
Uma feira no quarto dia da semana,
Ainda eras nome de engenho.
Até outro dia restava vestígio
Na forma de casarão
Conhecido como sobrado
De Artur Pacheco
Guerra da independência, 1822.
Família de Luiz Paulino
Dividiu-se na luta, uns pelo Brasil,
Outros em favor de Portugal,
E Dona Maria Bárbara
Se refugiou em Aramaré.
Era 1883, a linha de trem passou.
De Santo Amaro pra Jacu
De um lado, a estação Terra Nova,
Outro lado da Pojuca,
Ponto Ceem, sinal de um povoado.
Assim vai-se respondendo, aos poucos
O porquê e o quando
Terra Nova.
O PT de Terra Nova colocou um link do seu Site – www.terranova.hpgvip.com.br com o do Bangüê. Isso aumenta, em muito, o universo de nossos leitores.
Breve retribuiermos a atenção