Usina Aliança

 

Arquivo publico

Caixa 56

Doc.557

Maço 170

Copiado 18.07.2002

Viraldo Ribeiro

E.F. Santo Amaro/Usina Aliança

 

Ainda Resposta da E.F. Santo Amaro à As Ribeiro Proprietário da Usina Aliança

 

“A razão que alegam o Sr. Sá Ribeiro e com a qual não concordo e que, feita a rescisão do referido contrato de 1898, a despesa de conservação será muito pequena, visto é o tráfego para aí ser feitoo ramal novo, digo mais forte do tráfego. Uma vez que o ramal da Mata há de continuar aberto ao tráfego (e não pode deixar de ser assim) precisa ser do mesmo modo conservado, sem o que forçosamente, não haverá segurança no transporte das poucas canas e lenha que por ventura tenham de ir para não importa para que usina”. Com a extensão total de cerca de 11.400 metros, o Ramal da Mata compõe-se de dois trechos: um do Estado e outro da Usina Aliança, tendo sido despendido na construção do primeiro trecho que tem 6.890, como diz o Dr. José Antônio Costa no seu relatório de 1899.Comparando com a linha principal não tem, tão pesadas condições técnicas como querem lhe emprestar os Srs. Sá Ribeiro &. Cia. De fato em referencia a ele diz o Dr. Alexandre Portela Passo em relatório de 1899, quando diretor desta Estrada: “se caso for empregada a rampa máxima de0,025m e em dois o raio mínimo de 100 metros.”

Entretanto aqui a linha de Santo Amaro ao Jacu, há rampas de mais de 0,030m e muitas e muitas curvas de raio inferior a 100 metros construído exclusivamente em 1898,para servir a usina Aliança facilitando-lhe enormemente o transporte de todo e qualquer mercadoria, matéria prima e produtos, que anteriormente não conduzidos em carros de bois e animais, concorrendo d’est’arte para o desenvolvimento e prosperidade da usina, como tem se dado, o ramal da Matta tem apresentado sempre muito superior.

Com efeito os materiais e mercadorias da U. Aliança bem como os produtos são todos destinados ou proveniente de Santo Amaro e Pilar.

“Suponhamos suspendido o contrato de 1898, como querem os Srs. Sá Ribeiro & Cia que transporte poderá ser feito pelo antigo ramal retirando-se-lhe o de todo açúcar, mel, materiais de reparo, mercadorias a grande parte da cana e lenha? Apenas de poucas canas de São Miguel e Fazenda do Meio para Aliança (se o fizer por ele) e de alguns do engenho para São Bento.

Assim, pois, sem outro intento senão o de procurar orientar o governo n’este momento, peço licença para apresentar entre outras condições que naturalmente serão estabelecidas, mais algumas que repito necessárias para um novo ajuste com os Srs. As Ribeiro & Cia.

Antes, porém, de qualquer acordo deverá  os peticionários indenizar o Estado da importância de5:569$300 despendida com a construção de um desvio no Entroncamento, construído somente as instâncias dos peticionários, destinado apenas ao serviço da Aliança e ainda não utilizado; ficando depois da indenização. Senhores de todo material do desvio.

As bases que proponho são as seguintes:

1 – Conservação do antigo ramal em toda sua extensão sendo a custo da Usina Aliança conservando também o trecho do Estado;

2ª – Direito sempre que for necessário, de ser trafegado pelo material rodante da Santo Amaro o trecho de linha entre Cazumba e o ponto do Lixa;

3ª – Compromisso da Usina Aliança de assentar no mesmo ponto do Lixa um desvio de nunca menos de 100 metros com entrada orientada para Cazumba;

4ª – Direito ao tráfego no novo ramal ( que será denominado ‘ramal Aliança’) com material rodante da Santo Amaro, com o fim de transportar todos os produtos da usina, os quais so poderão ser conduzidos por essa forma;

5ª – A Aliança pagará a esta estrada 10 reis para 10 kilos de açúcar transportado da usina até Jacuípe com material rodante da Santo Amaro, pagando também o frete d’aquela estação para os outros destinos;

6ª –Para pipa de mel nas mesmas condições a estrada cobrará  700 reis, além do frete de Jacuípe para as outras estações;

7ª –Pelo transporte dos materiaispara reparo da usina e outras mercadorias, como material da estrada, esta cobrará d’aquela ou de Jacuípe parqa Aliança um terço das tarifas de Jacuípe a Terra Nova;;

8ª –  O transporte entre Jacuípe e Aliança poderá também ser feito com máquina da usina e carro ou tanques da estrada, sendo n’este caso  cobrado por esta o pedágio de 200 reis ou 400 reis por quilômetros, conforme for de 4 ou de 8 rodas o carro tanque.

Em resumo são estas as condições que reputo indispensáveis para recompensa dos prejuízos que o Estado terá com a revisão do contrato de de julho de 1898.

 

JOAQUIM MENDES DE SOUZA- Diretor da E.F. Santo Amaro.

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