Outros Times Desconhecidos

Em todos lugares sempre houve e sempre haverá um grupo de atletas que se juntam para fazer babas ou jogos, sem a pretensão de ser um time.

 – Vamos fazer um baba de camisa – Vou armar um time de casados para jogar contra o seu lá na sua cidade… – de quinze em quinze, a gente faz um jogo de casados/ solteiros… – meu baba é organizado mesmo escolhendo os times na hora no par ou impa, mas é todo mundo com camisa, e com juiz escolhido na hora, para não ter cangancha.

Tudo isso aconteceu com o jogo de bola em Terra Nova, mas uma parte pequena ficou registrada com retratos. No álbum de Seu Duque ficaram algumas como amostra, mas que vale muito, mesmo que grande parte esteja com jogadores, ainda não identificados; sem data e sem nome.

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Nesse grupo se identifica alguns: Duque, Alemão, Zé Ligeiro

Didi Teles 

Didi Teles


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Luiz Teles

Nessas duas fotos, que parece terem sido tiradas no campo que se chamou um dia de campo do União, depois campo do Vasco, tanto Didi como o time aparecem com o mesmo tipo de camisa. No time é possível que a pessoa de branco e óculos escura seja Alemão (irmão de Didi, Luís Teles, e Robério) e que o terceiro jogador ser Didi.

As fotos têm o mesmo formato (batida pela mesma máquina e filme)

Não sabemos o nome do time, mas esta anotado no verso da foto da equipe o ano de 1948.

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Essa foto no fundo aparece uma casa, que poderá ser a de Seu Tomaz, pai de Chumba. Se assim for o campo é o da Mangueira – Caípe.

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Nesta foto o time que que se mostra é o mesmo da anterior. Os jogadores, nas duas, aparecem com camisas de gola branca. O campo é o da Mangueira, identificação facilitada pela casa que aparece na imagem.

 

 

Atlético

Devemos destacar aqui o time do Atlético, que era como um time de operários da usina, me parece que o time era de camisa branca com uma faixa transversal verde ou azul.

 O único jogador que me lembro é Celino, irmão de Valdemar, jogava na defesa.

O Vasco Sua Trajetória

 

Não conseguimos obter imagens do Vasco, no seu início, quando três vascaínos: Jonas Coutinho, Bambião e Zé Santana – Dimenor criaram o Vasco em 1955.

Mas, por ironia da vida a formação do time do Vasco que começou a marcar época é exatamente a do time do Flamengo. Como já disse antes, se se trocar a camisa vermelha e preta pela preta com transversal branca tem-se o time do Vasco.

Zé de Lotas, Bujão, Valdemar, Tino, Chumba, Artur, Pipiu, Nicanor, Robério, Vavá Melo, Alfredo (Telê), Etiene, Sergipe, Jair e Menininho.

Zé de Lotas, Bujão, Valdemar, Tino, Chumba, Artur, Pipiu, Nicanor, Robério, Vavá Melo, Alfredo (Telê), Etiene, Sergipe, Jair e Menininho.

O Vasco foi registrado 12 anos depois de criado (1967) publicado no Diário Oficial de Santo Amaro e anotado nas primeiras páginas desse relato.

Como joguei – anos 60 –  no Vasco com todos os atletas ali perfilado, inclusive com Francisquinho West de goleiro, a foto deve ser de 57,1958.

Etiene, Menininho, Zezito, Sergipe, Jair, Artur, Bujão, Chicão, Nilton Mota, Tino, Nicanor e Robério.

Etiene, Menininho, Zezito, Sergipe, Jair, Artur, Bujão, Chicão, Nilton Mota, Tino, Nicanor e Robério.


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Zequinha, Viraldo, Chumba, Jojó, Mimi, Olival, Jair, Sergipe, Alfredo, Zezito e Vadinho.


Borô, Osmar, Toninho, Neneco, Flávio, Mimi, Chumba, Viraldo, Artur, Zé de Mario, Ubaldino, Zezito, Jair e Laduzinho

Borô, Osmar, Toninho, Neneco, Flávio, Mimi, Chumba, Viraldo, Artur, Zé de Mario, Ubaldino, Zezito, Jair e Laduzinho


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Duque, Binha, Laduzinho, Dias, Ulisses, Mimi, Viraldo, Hamilton, (?), Robério, Olival, Perequeté, Sostinho, Jaiminho, Renato, Ubaldino e Nicanor.

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Esse time foi formado por Waldir West e Aurinho, um gerente da usina, é o UTN, nessa formação tem oito jogadores de origem do time de Perréu – O Bahia.

Perréu sempre gostou de formar um time com garotos numa faixa de 15 a 17 anos; o Bahia foi o último.

Foi desse grupo que se formou o UTN. Como o clube pertencia a Usina a sua sede era no, hoje, Clube de Jajá.

O time teve vida curta, o que ocasionou a transferência, da grande maioria de seus jogadores, para o Vasco, a quem venceu num jogo amistoso.    091216

Encerrou-se assim a fase importante do nosso futebol, que tivemos a satisfação de participar diretamente como atleta, passando esses momentos alegres cujas resenhas permanecem até os dias de hoje.

Se a resenha sobre o Vasco continua viva, as buscas sobre dados do passado, das décadas anteriores a 1950 continuarão.

 

 

 

 

Personagem do Futebol de Terra Nova

Se me pedissem para separar dois ou três futebolistas, importante para o jogo de bola de Terra Nova, eu não teria muitas dificuldades, poderia escolher meu pai Duque, Eduardo Barbosa, que dos anos 30 (1930) até os anos 80 esteve envolvido no futebol; poderia escolher Batista, Neco Bomfim, Zé Augusto, Zé Ligeiro, Ramins Artur.

 

 

Miguel Chaves

Daria até um destaque entre os pensados a Miguel Chaves, que apesar de não figurar entre os razoáveis jogadores, sempre esteve envolvido no futebol, de quem era um emérito teórico. Ele é a figura primeira na foto do Vasco com o uniforme de viagens. É possível, apesar de ser torcedor do Fluminense, ter se juntado a Bambião, Jonas e Dimenor no projeto de criar um time.

 Porém todos eles e vários outros importantes de uma certa forma não caíram no anonimato. Por isso escolho dois que ficaram no anonimato, então se me pedissem para escolher, eu separaria: Bambião e Perréu.

 

Bambião

Bambião – era um alfaiate, magro e alto e não era bom de bola, ou melhor tinha muito pouca intimidade com ela, nunca jogou num time do passado, tipo União, Flamengo, Guarani, mas jogou bola (babas) com essas gerações, quer seja um simples baba ou mesmo treino, até a minha geração, ele nunca foi barrado no baba.

Bambião se auto intitulava com os nomes dos melhores jogadores da época ou então os amigos o batizava. Assim ele foi Perácio, Mestre Ziza (Zizinho), Dida, Puskas. Como se vê ele era atacante (para prejudicar o menos possível seu time).

Por isso, escolheria Bambião, pois, tal qual na sua profissão de alfaiate, com sua agulha, linha e dedal costurou, uniu-se aos bons jogadores de Terra Nova em várias gerações, além, como disse Jonas Coutinho:

 O Vasco começou com uma conversa entre Bambião, Jaime Dimenor e eu [Jonas].

Perréu

Perréu, outro que merecia um capitulo a parte, ou pelo menos um registro mais visível na história do nosso futebol. O conheci com a saúde abalada com problemas pulmonares, falando com cansaço e dificuldade, creio que isso o acompanhou desde a sua infância, mas essa coisa não o impediu de garimpar a molecada de Terra Nova. Inicialmente o campo, sem trave, na rua Tamandaré. Espaço que foi murado pela usina incorporando-o ao do Riso Entre Flores, logo que passou a ser proprietário. Aí foi construída uma quadra de futebol de salão de uso restrito a elite da usina e convidados.

Foi no campo de terra da Tamandaré que Perréu garimpou entre outros: Nilton Mota, Pedrinho Barros, Zé Moquita (Zé de Landulfo), Alfredo.

Do campo da Tamandaré passou para o campo do Vasco, foi de lá que saiu sua nova e última turma: Vera, Viraldo, Osvaldo, Osmar, Otavio, Vila, Mimi, Pintinho, João Cobrinha, Jojó, Ubaldino.

Perréu era filho de Lúcio Fobia, um operário da usina, me lembro ainda, Seu Lucio, morando numa casa do lado (Vizinha) da Estação Terra Nova.

Perréu tinha dois irmãos que jogaram no Vasco: Pipíu – lateral direito e Bujão – centro médio. Tinha mais Toninho e Zuleica.

Morreu na casa, ainda hoje de seus familiares, no lado da igreja. Lembro Vera (Everaldo Santana) e eu, visitando-o já muito debilitado na cama.

Perréu foi um grande futebolista, que nunca jogou bola, penso eu, foi ele quem botou a molecada boa de bola, que jogava de pés descalço, para jogar de chuteira, isso era um grande fato:

–  olha aquele ali já está jogando de chuteira!

Então se me pedissem para escolher…eu escolheria Bambião e Perréu.

(04.11.2016)

06.12.16

Zé Ligeiro Foto 2003

Zé Ligeiro Foto 2003

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Veteranos

Chicão, Viraldo, Pintinho, Sergipe, Alfredo e Bule

Chicão, Viraldo, Pintinho, Sergipe, Alfredo e Bule

A Histórias Das Copas